quarta-feira, 30 de junho de 2010

Alguma coisa me prendia ali, e eu não sabia ao certo se era a lei da gravidade.
Só meu olho era capaz de se mexer, meus músculos pareciam fracos demais para levantar uma pena.
Eu escutava alguns múrmurios, mas só uma voz era nítida o suficiente para mim.
Essa voz murmurava alguma coisa ininteligível, que só pude decifrar, depois que abri os olhos.
Eu via um oceano em seus olhos azuis, sentia um furacão com seu doce hálito lambendo meu rosto, e sentia um vulcão entrando em erupção sob minhas têmporas já vermelhas.
Além disso, não poderia deixar de mencionar, que parecia ter caído água fervente em meu coração, ele saltitava feito bobo, e não duvidaria nada se desse pra ver isso até mesmo com minha jaqueta de motoqueiro tampando-o.
Eu estava ali, parada no chão, no meio da rua, com minha moto caída no chão.
Não me lembro direito o que aconteceu, só do carro, do chão, e da escuridão.
E agora aquela luz .. aquela paz. ELE !
Resolvi não lutar mais com minhas pálpebras, e deixar que elas fizessem o trabalho de escuridão sobre mim mais uma vez.
E quando acordei, a minha luz, minha tranquilidade, estava ali, olhando para mim.
E, só consegui soltar uma frase, meio entredentes, deitada naquela cama de hospital: Obrigada, meu anjo ! s2
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mais uma vez, desculpa a demora gente.. bjs ><'