segunda-feira, 25 de maio de 2009

E, de repente, eu estava ali. Não era mais a mesma garota de dois minutos antes. A que sorria, pulava, brincava. Eu era só mais uma adolescente iludida que acabara perdendo seu namorado para uma loura de farmácia. Apenas mais uma menina ali, sentada em um banco de uma praça abandonada; embaixo de uma chuva. Meus cabelos me impediam de ter uma visão ampla. E eu torcia para que ele tapasse a minha visão do futuro – não que eu tivesse alguma –. A única coisa que eu sabia, era que anda estava no lugar. Eu não estava em sintonia. Fiz uma careta para o céu, perguntando mentalmente porque comigo. Talvez todas as garotas iludidas façam essa pergunta e nunca achem a resposta. Injustiça!
De repente, nada fazia sentido. O sorvete não era mais tão gostoso assim. As músicas melancólicas lembravam sempre pessoas que eu queria esquecer. Meu violão ficou mudo, parado. Minhas amigas não eram mais tão divertidas. A verdade doía mais. A escola era mais chata do que parecia ser antes. Enfim.
Mas,, no final eu percebi, que, o que estava errado ali era eu; chorando por um garoto qualquer. Que com certeza já fez isso com outras 8O garotas.
Eu demorei para perceber, que, eu fechei meus olhos, na ânsia de viver o que eu queria viver. E deu no que deu. Espero que vocês não demorem para perceber isso. Porque eu aprendi da forma mais dura e mais cruel. Porém, agora posso me afundar em meu travesseiro sem culpa, e, pensar que eu sou a mesma menina feliz de todos os dias. Com ou sem namorado.

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