quarta-feira, 29 de julho de 2009

Um sonho que se realiza;

— Ela é esquisita, ok?! – ouvi Ashley Phillips murmurar para alguma outra loura-de-unhas-impecáveis-e-animadora-de-torcida.
— Total. Estranha mesmo – ouvi outra concordar.
Forcei meus pés a dar alguns passos mais apressados. O ar parecia pesado, impuro... irrespirável demais quando ela estava por perto.
Joshua – ou simplesmente Josh, como prefere ser chamado – e seus amigos riam e mastigavam seus hambúrgueres de carne com a boca aberta do outro lado do pátio.
Ajeitei meus óculos, e comecei a me aproximar deles. Comprimi meus livros com um pouco mais de força contra o peito. Na verdade eu me senti meio mal quando passei por eles e os burburinhos aumentaram. Dava para sentir os olhares perfurando minhas costas. Quero dizer, eu não sou o tipo de garota que daria tudo para ser como Ashley Phillips nem nada do tipo. Não chega a tanto. Não mesmo.
Atravessei o resto do pátio antes que você possa dizer a palavra: Satânico.
— Hã, Lucy – ouvi Dave dizer – seu violão já está lá dentro – fez ele, animado.
— Ah, obrigado, Dave – disse e sorri levemente.
— Não foi nada. E aí, como foi seu dia?! – ele abriu aquele sorriso de orelha a orelha – pela sua cara não foi o seu melhor dia na escola, certo?
— É, não foi.
— O que foi dessa vez?
— Hm, Dave, eu realmente tenho que ir, ok? Te vejo depois – falei com a voz meio esganiçada.
— A gente se fala – ele disse enquanto se ocupava em esconder a decepção em sua careta.
Dei um sorrisinho e me virei, andando na direção do meu violão.

— Ei, Taylor Swift – Dave chamou – já está na hora – e apontou para o relógio.
Exasperada, olhei para o céu – já escuro – meio que para confirmar e tudo o mais. Mais uma vez atrasada.
Juntei rapidamente minhas coisas e tentando equilibra-las nas minhas mãos e sai daquele pequeno estúdio de rádio abandonado. A antiga rádio da escola. A diretora me deixava ficar ali, já que eu nunca incomodara ninguém, tinha notas boas e blábláblá.
— Deixa eu te ajudar com isso – Dave pegou de minha mão algumas coisas.
— Er, obrigado, Da... – tentei agradecer.
— Tudo bem, tudo bem – murmurou – hoje foi produtivo?
— Acho que sim – o fitei por um momento.
Ficamos em silêncio por um bom tempo até que Dave mesmo o quebrou:
— Hm, Lucy, por que você não “resgata” a nossa velha rádio? Você se daria bem – o peguei olhando para o nada.
— Como assim? – ajeitei meus óculos.
— Bem, reinaugurar a rádio. Faze-la voltar à ativa de novo! – agora ele estava sorrindo para o nada.
— Caramba – era só o que eu conseguia murmurar.
— Pois é. Espantoso que algo que preste tenha saído da minha boca – ele se virou para me olhar – mas e aí, o que acha?
— Parece bem louco – ele retorceu a boca – porém, bem tentador.
De repente, ele parecia bem feliz.

Depois de muito trabalho, conversa e coisas bem sutis – nem queira imaginar – conseguimos reabrir a antiga e pequena rádio da escola.
Eu continuava ensaiando lá. Ashley Phillips e Josh continuavam a me arruinar por dentro. A cada insulto, uma rasgada mais profunda naquela velha ferida aberta e inflamada. E eu só ajeitava meus óculos.
O baile já estava chegando, e a cada dia, mais próximos do baile, mais eu ficava ali, observando as garotas que o padrão de beleza julga ser perfeitas serem convidadas por garotos que compram camisas cada vez menores para dizerem que tem alguma massa muscular no bíceps.

Dia do Baile:
Dave continuava do jeito que sempre foi, prestativo, engraçado, doce.
Em um piscar de olhos, já estávamos no dia do baile.
Eu e Dave combinamos que iríamos ao baile... Mas para ficar, er, trabalhando. É, isso mesmo: trabalhando. Trabalhando na rádio.
Cheguei lá, e, Dave já estava me esperando.
— Precisamos colocar a primeira música – de calças jeans começamos a andar em direção ao estúdio – anda, Lucy.
— Estou indo, Dave, calma.
Não entendia a pressa de Dave. Não mesmo.
— Lucy, veeeem – ele me puxou para dentro do estúdio ainda escuro – feche os olhos, Lucy – e colocou a mão sobre meus olhos.
Ouvi o clic do interruptor e ele tirou as mãos dos meus olhos.
— Ah. Ah. – foi só o que eu conseguir dizer.
Dependurado ali, na minha frente, havia um vestido; e preciso dizer: ele era simplesmente maravilhoso. Totalmente per-fei-to.
Ele devia ter roubado da Cinderela ou algo do tipo. Ele era tão cintilante, tão lindo. Tão... não-feito-para-mim.
— E aí, Lucy? O que achou – ele disse.
— Meu Deus. Ele é tão perfeito – eu respondi, maravilhada.
— É, é para você, Lucy – ele disse parecendo ser algo óbvio.
— Jura?
— Juro.
— Não é possível, certo? – soltei.
— Sim, é possível. Espere um minuto. Fique aí – sibilou.
Sacudi a cabeça afirmativamente, até ele desaparecer. E voltar com um smoking. Tipo, daqueles chiques, que usam em filmes de galã.
— Lucy – sussurrou – quer ir ao baile comigo?
— Mas... e a r-rádio? – grunhi.
— Não se preocupe com nada, está tudo perfeito, só falta você – ele sorriu.
— Como poderia dizer não, Dave?
— Ande, vá se trocar – ele gesticulou para o vestido.
Vesti o vestido-perfeituoso e as sandálias cintilantes, soltei meus cabelos, revelando os grandes cachos loiros.
— Ah, meu Deus.
— Está tão ruim assim?! – me inclinei, tentando me olhar.
— Você está maravilhosa – sibilou – só falta uma coisa... – ele se aproximou, e, tirou meus óculos.
— Hm, pronto! Vamos, estamos atrasados.
Quando sai, bateu uma leve brisa, e, os pêlos da minha nuca se eriçaram.
— Está com frio?!
— Um pouco – admiti.
— Toma – ele esticou uma coisa preta, ele gesticulou para eu pegar a coisa. A fiz, era tipo uma capa – é só o que eu tenho.
— Tudo bem, obrigada – a vesti.
Chegando no ginásio – onde seria a festa – estava tudo combinado com o meu novo vestido e tal.
Dave tirou minha capa de repente. Enrubesci instantaneamente.
Desci as escadas e dessa vez – pela primeira vez –, quando eu passei, os burburinhos não aumentaram. Todos se calaram.
E, de repente, eu reconheci a música que estava enchendo aquele salão.
— O que é isso, Dave? – eu agarrei freneticamente seu braço.
— É sua música, ué – ele deu de ombros.
— Ah, meu Deus. Eu sei, certo? – consegui cuspir as palavras entre os dentes trincados – quero saber o que ela está fazendo aí?
Vi que as pessoas estavam realmente gostando da minha música. Sério! Ashley e Josh estavam do outro lado do salão, me olhando com os olhos arregalados, como se não acreditassem no que viam.
— Dave, isso é coisa sua? – semicerrei os olhos.
Ele deu de ombros de novo, e, apontou para o palco. Lá em cima estava um violão. Não exatamente o meu. Tecnicamente, o dos meus sonhos. Um igualzinho o da Taylor Swift em Our Song.
Me empurraram para lá, as pessoas abrindo o caminho enquanto se ocupavam em abrir mais a boca, espantadas.
Subi lá e simplesmente comecei a acompanhar a música, até que quando me dei conta, ela já havia terminado, e o som que se ouvia era da salva de palmas que inundou aquele salão.
— Eu trabalhei nele por um tempo.
— Ah, Dave.
— Eu sei. De nada – um sorriso brincou em seus lábios rosados.
Senti o meu rosto esquentando, o sangue subindo até ali.
Hoje é o dia mais feliz da minha vida, Dave – e então, fiz uma coisa que nunca imaginaria que eu faria. Inclinei-me, e, finalmente, meus lábios tocaram os deles, e, então eu soube que meu lugar era ali, do lado dele. Ou no palco.
Desejei nunca acordar daquele sonho perfeito. Era o dia mais feliz da minha vida, afinal.

- Pauta para o Once Upon A Time

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Estrela Guia *-*

Sentei na calçada sem me importar com meu vestido branco, ele já não estava o que eu posso chamar de "em-perfeito-estado" As rendas e anáguas com certeza não sairiam ilesas dali. Pelo menos não brancas.
Olhei para o céu, procurando por ela. Pela minha estrela. A mais bonita, cintilante e perfeita. Ela me acalmaria; ou pelo menos iria funcionar como um analgésico de emergência. Vai funcionar.

Desorientada, não conseguia acha-la, por onde andaria minha estrela? Por todos esses anos, ela sempre me ajudou quando eu precisei... Olhar para ela me fazia esquecer tudo que eu havia deixado para trás, ela meio que cicatrizava aquelas feridas abertas, inflamadas.
Finalmente - finalmente! - eu a encontrei. Estava lá, no mesmo lugar de sempre, esperando por mim, pelos meus delírios e desabafos.
Minhas noções geográficas com certeza já não eram as mesmas... fiquei completamente desnorteada quando achei-a. Até que, algo - ou melhor, alguém - me trouxe de volta.
- Ei, você está bem, Marie? - a voz trovejou sedosa em meus ouvidos.
- Steve? - disse, espantada. O que ele estava fazendo ali? - hã, estou bem.
- Você não parece lúcida - os cantos de seus lábios rosados se repuxaram, formando um sorriso.
- Mas estou. Obrigado por se preocupar - disse meia sem-jeito. Apesar dos pesares, eu gostava da sua companhia. Gostava da idéia de olhar minha estrela favorita com Steve do meu lado. Parecia perfeito.
- Você é louca - concluiu. Ele parecia lúcido pelo menos.
- Acho que não - rebati - só estou fugindo, hm, daquilo - apontei para a grande casa barulhenta, há algumas centenas de metros de nós.
Ele se sentou do meu lado.
- Do que exatamente? Da Clair? Ela é boazinha, só está com ciúmes - é, ele não estava lúcido. Chamar a Clair de boazinha é um bom, na verdade um ótimo exemplo disso. Quero dizer ela tecnicamente arruinou o meu vestido jogando todo aquele caldo vermelho em cima de mim, e depois meio que rasgando, fingindo que ia limpar.
- Ela não é boazinha, Steve. Você sabe - fiz uma careta - agora volta para lá.
Ele franziu um pouco o lábio superior, depois mordiscou o inferior e daí mandou:
- Ok - e se levantou, mas antes de se virar me jogou um papelzinho.
O fitei vagarosamente até estar em uma distância segura. Depois abri o papelzinho.
Dizia:
Se cuide, amo você.
Sua estrela-guia, S.
Pasma, olhei para sua silhueta máscula à luz da lua e da minha estrela. Estrela guia?
- Steve! - gritei, minha voz soando esganada.
Ele correu de novo até mim, e roçou seu nariz no meu.
...E de repente, esqueci minha estrela dependurada lá no céu, e, o que me prendia ali era ele. E deixei que minha estrela-guia - que, agora tinha um nome. Steve - me guiasse. Para longe de meus tormentos, para dentro de si, com seu beijo alucinante.
-
GIIIIIIIIIRLS *o*
Hey (: quanto tempo sem postar aqui né? Desde sexta, eu acho. Pois é, queria me desculpar. Mesmo. Foi aniversário da minha vó, e, na manhã da sexta-feira, meu pai me acordou do nada e perguntou se eu queira viajar para MG para ir na festa que ia ter e dar um pulinho lá na roça. Bem, é claro que eu aceitei. Estava com taaaaaanta saudade do povão lá de Minas :D enfim, fui na sexta de manhã e só voltei hoje, segunda, de tarde. Cheguei aqui de noite já, e arrumei um tempinho para contar para vocês o motivo da minha falta-de-posts, haha.
Bom, agora vamo que vamo né?! ali em cima só um texto bem simpleszinho e imbecil, porq eu já tenho que ir me deitar. Acordar cedo amanhã T_T
ah, cara, Twitter vicia. tome cuidado :O adoooooro!
bjs, M.
:*

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Our Day :}

— Você confia em mim, certo? – ela apertou minha mão com mais força. Lizzie podia ser pequena, baixinha. Mas nunca duvide da força que ela tinha. Suas mãozinhas tinha um aperto de aço, vou lhe contar - eu sou forte o bastante, Bia. Eu consigo sair dessa, ok?!
— É claro que eu confio – a fitei por um segundo, com os olhos já embaçados. Um segundo a mais e elas iriam transbordar. As lágrimas, quero dizer.
— Então – ela começou – Pare. Com. Isso. Agora. Mesmo. – sibilou ela, semicerrando os olhos.
— T-tá – funguei.
Ela enxugou as lágrimas que haviam caído, e, apertou os lábios formando uma linha rígida.
— Quer que eu... hm, busque algo?
— Eu ainda não estou morta. Só, hã, impossibilitada; mas do mesmo jeito, não. Ei não quero nada.
— Cale a boca, Liz.
— Essa é minha garota.
Nós duas rimos, como nos velhos – e bons – tempos.
Olhei minha amiga, ali, naquela cama de hospital. Fraca, porém forte. Pálida, porém corada. Em cacos, porém graciosa. Doente, porém, minha amiga.
Aquele quarto não parecia nada com Liz, tão... hospitalar. Sem cor, sem enfeites, sem vida – qual era o propósito? Ser igual quanto ao futuro de seus antigos habitantes? As paredes de um verde já desbotado, em alguns pontos, a pintura já estava mofada. A minúscula televisão. E aqueles aparelhos – para mim, assustadores – fazendo bips e ruídos que faziam um nó subir e descer em minha garganta.
Lizzie merecia um quarto melhor, francamente.
— Bia? – ela chamou, e, eu estremeci.
— Diga – consegui dizer, mesmo com os lábios entorpecidos.
— Me promete uma coisa? – ela falou com a voz na passando de um murmúrio, só eu seria capaz de escutá-la.
— Diga – repeti, ainda com os lábios entorpecidos.
— Se algo acontecer comigo, eu quero que saiba... – ela foi interrompida por mim mesma. Tampei sua boca seca, com minha mão trêmula, o mais cuidadosamente possível.
— Shiiiiu – fiz eu, olhando além da janela – literalmente.
Ela afastou minhas mãos, com um movimento fraco, mesmo tendo força, hm, digamos suficiente para isso. Mas, ela me derrotou só com o olhar. Por Deus.
— Se algo acontecer comigo, eu quero que saiba – tornou a repetir de modo suave – que nunca vou esquecê-la. Nunca. Por todos esses anos, você tem sido uma amiga tão perfeita para mim, você já é essencial para minha existência; sinceramente, não sei o que seria de mim sem você. Obrigado por tudo... Você merece tudo, e mais um pouco. E, desculpe se eu não sou... er, completa.
— Ah, Liz – afaguei seu rosto abatido.
— Me faltam palavras, amiga. Mas, resumindo, é isso – uma lágrima brotou em seus olhos. Ela se reconfortou em minha mão.
Eu também, de repente, estava aos prantos. É, isso mesmo: aos prantos.
Eu não conseguia falar nada, por isso não falei.
— Eu te amo – ela finalizou, soltando uma lufada de ar.
— Amo... você, t-também – murmurei entre os soluços.
E, então, eu senti. Ela se fora.
Olhei incrédula para seus olhos e para seu corpo flácido, procurando desesperadamente algum sinal vital.
Nada.
Me levantei, meio tonta, escancarei a porta, e, gritei o mais alto possível por uma enfermeira. Voltei para perto de Liz, e, tudo que quebrava o silêncio mórbido daquele lugar era o Piii dos aparelhos mostruosos. Uma dor terrível se apoderou de todos os meus músculos. Tive de me lembrar de como se respira.
As lágrimas banhavam meu rosto, e, o cabelo todo colado por ali, me impedia de ver o rosto de minha amiga.
Por que a enfermeira demorava tanto?! Meu Deus!
Soltei um gemido mais forte desta vez. E mais agudo.
Ouvi passos apressados, e, me aproximei do corpo de Liz.
— Estou aqui – sussurrei ao pé do seu ouvido, mesmo sabendo que ele não estava ouvindo – para sempre.
Finalmente – finalmente! – chegaram o batalhão de branco.
Eles me empurraram para fora dali – simplesmente me enxotaram – e eu sentei em alguma coisa, sem me importar com nada, me agarrava ao meu terço freneticamente.

30 minutos. 40.
O silêncio era mais ensurdecedor que nunca, e, o tempo simplesmente não passava.
A porta se abriu e, eu pulei para a pessoa que havia saído de lá. Infelizmente não fecharam a porta o quão rápido necessário e eu vi. Vi Liz lá, ainda imóvel e lívida.
Nada mais fazia sentido ali. A lei da gravidade também não, e então, eu só vi a escuridão. Sua idiota egoísta.
— O que... ela vai ficar bem? – forcei meu corpo a dizer antes de perder completamente os sentidos.
— Ela vai ficar bem sim. Uma parada cardíaca, um susto muito grande. Porém, nada de risco de vida. Você foi rápida, garota – ouvi o médico esclarecer – agora fique calma, querida – disse ele em tom afável. E eu aceitei a dica. Ela ficaria bem.
Meses depois, ali estávamos nós, rindo, comendo cheesebúrgueres, soltando coca-cola pelo nariz, jogando conversa fora, passeando no shopping, fofocando pelo MSN, enlouquecendo nossos pais, telefonando uma para outra, pulando, saindo, se divertindo, paquerando, namorando, comprando coisas inúteis, falando bobagens, curtindo.
Vivendo, afinal. Uma vida "à la dua".
Uma palavra. Um sentimento. Duas almas, depois disso, um só coração.

-

Gente, sei lá, mas eu sei que o começo disso ficou bem melancólico, então, resolvi deixar o final bem feliz e pá. Não sei se vocês gostaram, já que não ficou lá essas coisas :P

Enfim, dedico as minhas amigas (virtuais também! acho que principalmente, é uma conecção incrível, vocês precisam ver *-*), aos meus amigos. A todos que merecem :B

Feliz Dia Dos Amigos!

/atrasado, mas revele, o que vale é a intenção, não é mesmo? .-.

Ah, muuuuuito obrigado pelos comentários. Estou amando todos :) a visita e a opinião de vocês é super-importante para esse (como diz a Cary) humilde blog :D continuem comentando, viu?! Eu retribuo a visitinha sim, pode até demorar, mas retribuo com certeza. Se não, é porq algo terrível aconteceu ou simplesmente porque dá erro e eu não consigo comentar D: isso mesmo, não consigo!

Bom, é isso aí.

beijos, M. :*

domingo, 19 de julho de 2009

Minha vez :)

— Er, me desculpe – falei, sentindo meu rosto queimando mais uma vez.
— Meu Deus, olhe por onde anda, imbecil – Debbie cuspiu, raivosa, apertando a cintura de Brad, como se eu fosse dar um salto felino mortal e comer seu namorado querido.
Debbie e Brad eram o casalzinho popular do colégio, sabe? Debbie era a patricinha-líder-de-torcida, e Brad o bonitão-capitão-do-time-de-futebol.
— Vai com calma, Debbie – Brad falou, deixando-a instantaneamente furiosa. Acho que ela o beliscou, porque ele calou a boca, e se virou para falar com outro fortão que estava do seu lado.
Eu peguei meus livros caídos no chão, ajeitei meu óculos e sai dali o mais rápido que pude.
Brad não era tão, hm, “casca grossa”, mas, como namorava a Debbie, era melhor eu manter distância do cara.
Sai de lá, me direcionando a Teresa, uma amiga de descendência latina que eu tinha – você sabe, morena, do olhos negros, cabelos escuros –, e que estava me esperando do outro lado do pátio.
— O que aconteceu lá? – ela apontou para o lugar de onde eu havia saído – e o que vocês fez para estar acontecendo aquilo?
Me virei bruscamente para ver do que ela estava falando e, vi que os dois (Brad e Debbie) pareciam estar brigando ou algo do tipo. Quero dizer, de longe, pareci ser isso.
— Vamos embora daqui logo, Teresa – falei com o meu coração pulando mais rápido dentro do peito.
— Mas...
— Vamos, Teresa – a puxei pelo braço magro e moreno, e, mesmo ela se debatendo, consegui a arrastar para longe dali.
Mais tarde...
— Anda logo – bufei enquanto esperava o meu velho e lento computador abrir meu e-mail.
“3 mensagens novas!”, vi piscar na minha tela.
Um e-mail era de Teresa, contando que conheceu um menino super-lindo e tudo o mais.
Um era falando das vantagens de assinar uma revista lá.
E o outro – pasmem – era do Brad. Sim, Brad havia me mandado um e-mail. Já era um bom começo, pelo menos para mim.
Cliquei furiosamente em cima da mensagem dele.
O que diabos esse garoto colocava no e-mail para ele ficar tão... assim? Imagens de florzinhas – bolas de futebol, quem sabe? – ou o quê?
Finalmente – finalmente! –, depois de alguns minutos lentos e enjoativos o bendito e-mail carregou, revelando-se um e-mail simples, mais profundo. E enigmático.
Só dizia: “Apareça na janela :) beijos, B.”
Corri para a janelinha de meu minúsculo quarto, e, procurando velozmente algo estranho, achei algo conhecido.
Brad, com um cartaz, dizendo, simplesmente, que me amava. E que queria ir ao baile comigo.
Sim, que me amava. E que queria ir ao baile. Comigo.
Muito conto-de-fadas, não é? O príncipe se apaixonou para a pobre nerd. Mas, era a mais pura verdade.
Desci as escadas correndo, com um sorriso genuíno estampado no rosto.
Vi ele me esperando, ali.
De repente, eu entendi. Eu não era simplesmente uma nerd de que todo mundo era enojado e me achavam esquisita.
Um milagre? Ou simplesmente uma mera realidade que ninguém enxergava?!
Não, era amor.
Alguém me amava, de verdade. E não era um sonho, ele estava ali, esperando por mim – e eu por ele – e se declarando.
Corri para ele, o mais rápido que pude.
Seus braços enlaçaram minha cintura, e, vou lhe contar: eu poderia ficar ai pelo resto dos meus dias.
A cada centímetro que seu rosto chegava mais perto do meu, meu coração batia mais rápido e mais forte.
Ah, eu esperei aquilo por tanto tempo.
E, de repente, eu não me importava mais se ele era popular e eu uma miserável nerd, não me importava se eu estava com meu pijama da Sininho.
Alguém me amava, de verdade, afinal.
Porque, todo mundo tem que ter seu verdadeiro amor uma vez. Por mais que isso se repita nos contos-de-fadas, era a minha vez – e somente minha vez – de vive-lo.
''Mas é a verdade, pra tudo tem uma primeira vez - Pensou ela."

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- Pauta para o Once Upon A Time

sábado, 18 de julho de 2009

Love Story *-*

Abri os olhos degradativamente, a luz que quebrava a escuridão confortável e feria meu olhos, inchados de tanto dormir, acho.
Tudo parecia tão estranho, tão... anormal, ali na quase-escuridão. Eu não reconhecia quase nada que estava ali.
Levantei, meia zonza ainda, e, me direcionei, cambaleando até de onde saia a luz.
Era uma janelinha, e a luz, escapava entre os dois pedaços de veludo, pesados e cor-de-vinho, com rendinhas douradas nas pontas.
Pousei minhas mãos nelas, e, as puxei, revelando, lá fora, um lugar estranho. Olhei para o que suspeitava que fosse meu quarto.
Eu não me lembrava dessa cortina. Nem de quase nada que estava ali.
Passei o olho vagarosamente por aquele cômodo e tinha uns pôsteres daquelas Pin-Ups Girls e, tudo meio, hm, medieval.
De repente, olhei para aquele imenso dossel – aquilo era mesmo a minha cama? –, e lá, para o meu incrível e completo espanto – e desespero –, tinha um cara. Sim, um cara. E, que, só para constar: parecia bem gato. Pelo menos embaixo de todas aquelas cobertas fofinhas e rendosas.
Eu contive um grito na garganta e, cheguei mais perto, para olhar o indivíduo. Dei alguns passos cuidadosos e, de repente, estava ali, vendo os músculos abdominais de um cara – que eu nunca vi, por sinal – subindo e descendo, subindo e descendo, no que, supostamente, seria minha cama. Se minha mãe visse isso ela ia pirar, literalmente. Ainda mais quando o cara que está na cama da sua filha é um gato.
Eu fiquei examinando o cara ali, por uns, o quê? Acho que uns por uns três minutos inteiros. Depois, resolvi que, se o cara estava ali, na minha cama, eu deveria conhece-lo, de alguma forma. Então cheguei mais perto, a ponto de ouvir sua respiração, diferentemente da minha, que estava totalmente acelerada em uma hora dessas.
Depois de alguns segundos encarando o cara com uns 15 cm de distância, ele abriu os olhos. E me puxou para si.
Eu caí na cama – ou melhor, em cima do cara – e ele murmurou algo parecido com mi hermosa, ou estava muito viciada em Meg Cabot.
Eu rolei para o seu lado e caí no chão, duro e gélido.
— O que aconteceu? – uma voz grave, profunda e sedosa encheu aquele quartinho.
— Er, nada – respondi, cautelosa.
Me levantei, e, fique encarando o sujeito. De novo. Eu não me lembrava dele, mas, algo me dizia que eu o conhecia, de algum lugar.
— Sente aqui, sim? – ele pediu, e, vou lhe dizer: não tinha como recusar aquele pedido. Sentei-me do seu lado – ele já estava sentado.
Conversamos horas a fio, eu dando alguns ataques de não-me-lembro-disso e ele rindo da minha cara. Tinha razão, eu o conhecia. Mas ainda não sabia da onde eu o conhecia. Esse era o problema.
A conversa aos poucos, fluía, e ele nem estava tentando me agarrar, igual fez da última vez. Mas, como eu não consigo segurar essa minha boca, logo mandei:
— Mas, e aí, o que você faz por aqui?
— Somos casados, não lembra?! – isso me soava um tanto quanto não-sei-de-nada ou contos-de-blog.
não foi por acaso que a minha voz saiu meio embargada quando respondi:
— C-casados?
— Não lembra? – ele repetiu.
E se levantou, direcionou-se para uma cômoda, e, trouxe para a enorme cama um álbum pequenininho, com uma capa de couro, e amarrado com uma fitinha.
— Aqui – ele me deu o álbum.
Puxei cuidadosamente a fitinha que o envolvia, e, o abri. Lá tinha um monte de fotos. Polaroides, quero dizer.
De uma garota, formosa, com espartilho – ou corset? –, vestindo um vestido longo e branco e um cara, com um terno e um cravo na capela. Era ele! O sujeito que estava ali, agora, comigo. E aquela moça, elegante, seria eu?!
Quando eu fechei o álbum delicado, e, me virei, temendo o que aquele cara iria fazer...
Então, me levantei, e, me olhei no espelho enorme, do lado da cama.
Vi o meu reflexo, só que uns anos mais velha e, vestida para uma festa á fantasia da Idade Média ou algo do tipo.
Voltei para seu lado, e, finalmente, ele encostou a ponta de seu nariz no meu. E me beijou, profundamente.
Fechei os olhos, e, de repente, em um ressalto, eu sabia onde estava, quem eu era, e, principalmente quem aquele cara era.
Era o meu príncipe, e, eu, era uma donzela. Que, agora se lembrava de tudo.
E daí que eu estava na Idade Média? E daí que ainda não existia Internet e Shoppings Centers? E daí que eu deveria estar coberta de anáguas, rendas e espartilhos pelo resto dos dias?
Eu estava do lado do meu grande sonho de amor, afinal.


- Pauta para o Blorkutando *-*

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Você aceita?

A chuva caia inacreditavelmente forte para Dezembro, e, eu ali, perdida.
– Droga! Não tem nenhum telefone público por aqui? – falei, com os dentes trincados.
Olhei em volta de mim, e... nada. Só via a chuva forte insistente e a rua vazia.
— Desisto. – decidi, sentando em um banquinho.
Abracei meus joelhos, e encostei a cabeça no joelhos unidos e trêmulos.
— Ei – uma mão gélida encostou levemente em meu ombro nu.
— Ahn? – pulei instantaneamente, olhando para trás – Ah, você veio! Eu sabia que não ia me deixar aqui! – fiz eu, sufocando Tom em um abraço apertado.
— Eu não teria coragem – ele abriu aquele sorriso que eu adoro. O meu sorriso favorito.
— É, não teria. – concordei.
— Hm, Jean?
— Oi?
— Eu... q-queria lhe...
— Prossiga – vi que seus olhos estavam brilhando. Como nunca.
— Ah, eu não sei como... – ele enrubesceu. Sério! – espere – ele pediu bufando, respirou, e, mandou:
— Jean George, você aceita se minha namorada?!
Ok, isso é muito conto-de-fadas e, meio que nem dá para acreditar, hoje em dia é só agarra-agarra e, o romantismo? Fica para depois.
Mas com Tom tinha de ser assim, como sempre foi. Como sempre será agora.
Ele se sentou do meu lado esperando a resposta e eu beijei seus lábios molhados.
— Sim, sim, sim!
De repente, eu nem me importava mais com a chuva. Quem se importa com a chuva, se você está com seu namorado afinal?
-
cara, eu SEI que esse texto ficou uma bosta. Mas, fazer o que né?
Quem não leu o post anterior lê, por favor! :D
E sim, o Estudiantes ganhou, mas, e daí? Fomos vices, ao contrário de vocês que nem chegaram lá (: E, o que eu vi quarta feira, conpensa tuuuuu(...)udo, até agnt ser vice! Só de você sentir o chão do mineirão tremer, nem importa tanto assim se você vai ganhar ou perder, porq, de repente, você sabe que é cruzeirense de qualquer forma *-* e eu sempre soube disso!
Querem me zoar? Zoem o quanto quiserem; eu só viu rir da cara de vocês.
Cruzeiro nunca perde, porq é PAIXÃO *o* Sempre! Cruzeiro eternamente (8)
... vamos cruzeiro querido de tradição ♪
enfim, espero que gostem da porcaria do post de qualquer jeito, rs.
beijos beijos, girls :*

sábado, 11 de julho de 2009

Rêves Sucrés

Você não é boa o bastante - foi a única coisa que ouvi. De repente, a voz da sra. Anderson, que não passava de um sussurro rouco, agora era um grito, agudo e persistente em dizer as palavras a que eu tanto temia.
Ok, eu não sou loira, nem tenho o corpo da Pamela Anderson - quer dizer, poxa, a mulher fez SOS Malibu, isso não basta para você?! -. E roo as unhas. Mas, e daí?! Quero dizer, quem liga para os padrões de beleza? Isso é coisa do passado. Ou não. Pelo menos não para a sra. Anderson, que não me achava boa o suficiente.
M-mas... e-eu... Ah, sra. Anderson! Por que?! - eu gemi. Você também ficaria assim. Uma velhinha de cabelos longos prendidos em um coque em cima da cabeça por uma presilha de florzinha e totalmente albinos, olhos azuis vestindo um suéter de tricô parece bem inofensiva. Bem, pelo menos parecia, até ela começar a falar que você não é boa. Não o suficiente.
Calma, querida - disse ela em um tom afável.
Eu tentei argumentar. Eu juro que tentei. Mas, vou lhe contar: a sra. Anderson não é nem um pouco o tipo que muda de decisão tão facilmente. O melhor que consegui foi "Kim, quem sabe da próxima vez?!".
Eu estava bem frustrada com essa coisa de você-não-é-boa-o-bastante; bem, para uma garota de 16 anos isso pode parecer pior do que você imagina.
A sra. Anderson meio que não tinha o direito de fazer isso comigo. Será que ela falava isso também à todas as jovens talentosas que iam até seu estudio? Acho que não.
Era só comigo mesmo. Ela nem prestava ateção em mim direito... Tudo bem que esta é a segunda vez que vou lá em menos de uma semana. Mas, e o negócio de correr atrás dos seus sonhos não vale mais?! Era simplesmente isso que eu estava fazendo. Correndo atrás do meu sonho.
Mas se a velha sra. Anderson pensou que me dispensar - mais uma vez - iria me fazer desistir, ela estava completamente, completamente errada afinal.
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continuação no próximo post, e se vocês gostarem né :)
AH, geeeeeeeente, já contei que eu sou cruzeirense? Que pena. Pois é, eu sou! E, por acaso, vou assistir a final da Libertadores, lá no mineirão, contra o Estudiantes, da ARG õ/ tô tãããããão feliz *-* nem dá para acreditar.
E, a Daay, vai conhecer a fada *-------* a diva! a Anahí *o* cara, inveja mil dela, rs/brimks
mas, enfim, pessam continuação da história e me ajudem com o nome! por enquanto vou deixar rêves sucrés, que significa "Sonhos Açucarados"... sei que o texto não ficou nenhum pouco bom... fiz esse texto do nada, por isso ficou essa bosta ç.ç mas, ok, melhora com o tempo.
obg desde já :) e bom final de semana :D
beeeeeeijos da mari :*